sexta-feira, 19 de junho de 2015

Projeto Livro Solidário participa da Expô Eventos 2015

O projeto Livro Solidário está participando da Expô Eventos 2015, a maior feira de eventos do Norte do País que iniciou na sexta-feira, 18 e segue até o dia 21, no Hangar. Durante o evento vão estar expostos os mais diversos nichos do setor de eventos como: casamentos, formaturas, aniversários, celebrações de debutantes e eventos corporativos, que movimentam o setor em todo o Brasil, mostrando o potencial, a credibilidade e o profissionalismo dos fornecedores da Região Norte.

O Livro Solidário está inserido nos projetos apoiados pelo NAC – Núcleo Articulação e Cidadania. Desde 2011 o projeto vem estimulando a leitura em várias comunidades e escolas da Região Metropolitana de Belém, o que já resultou na implantação de seis Espaços de Leitura e doação de aproximadamente 13.500 livros para mais de 30 instituições.
Para a técnica do Livro Solidário, eventos como a Expô Eventos é uma “ótima oportunidade de fechar parcerias que podem contribuir com a melhoria dos Espaços de Leitura, mantidos pelo projeto”, disse Lucila Girão, acrescentando que foi em eventos como esse que foram fechados parcerias com outros órgãos do governo como, por exemplo, a Susipe que confecciona os móveis dos Espaços. “Também é uma forma de divulgar as ações do projeto de incentivo à leitura”, acrescentou.
 
Outros projetos - No stand do Governo do Pará os visitantes poderão conhecer outros projetos desenvolvidos pelas secretarias parceiras do NAC, como o trabalho de artesanato produzido pelas detentas da Cooperativa de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), a primeira do país formada exclusivamente por mulheres presas. A Cooperativa trabalha com a confecção de sandálias, bonecas de pano, panos de prato, tapetes, puff's feitos com pneus, vassouras recicláveis, luminárias e almofadas de crochê no presídio feminino da Susipe.
A parceria entre Emater, NAC e Susipe resultou no projeto Cultivando Flores e Vidas. A ação tem como objetivo a capacitação profissional de internos do regime semi-aberto, proporcionando aprendizado na área de jardinagem e envasados de plantas ornamentais, com conhecimento técnico e qualificação para o desenvolvimento autônomo da atividade no mercado de trabalho.
A Fasepa, desde 2009, é responsável pelo programa Terra Viva no qual adolescentes, envolvidos em atos infracionais, produzem móveis e objetos de decoração, fortalecendo a produção socioambiental comercializando produtos como sofás, poltronas e vasos decorativos feitos com a reciclagem de materiais como pneus e madeiras. Toda a renda é destinada para a manutenção do projeto e também para os adolescentes e seus familiares.
O público também vai poder conhecer a produção do resultado das oficinas do Curro Velho, da FCP, desenvolvidas em diferentes linguagens artísticas e artesanais. São desenhos, pinturas, fotografias, xilogravuras, grafismos, agendas, cartões em papel reciclado, objetos de madeira, cerâmica, fibra, risque-rabisque, cartonagens, camisas com serigrafia, tecelagens, entre outros que podem servir como belas opções de presentes e brindes.
Texto: Ronaldo Quadros

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Adolescentes privados de liberdade participam do Sarau Livro Solidário

Com uma programação que contou com apresentações de teatro, música, poesia e contação de histórias, terminou na sexta-feira (6) a programação do Sarau Livro Solidário no Centro Socioeducativo de Benevides, que teve como convidado o escritor e jornalista Ignácio de Loyola Brandão, um dos participantes da XIX Feira Pan-Amazônica do Livro. O autor acompanhou o evento da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) voltado aos adolescentes que cumprem medidas de internação para estimular atividades voltadas à produção artística em locais que contam com o Espaço Livro Solidário.

Foram três semanas de ensaios até o momento da apresentação, que teve a exposição de obras do autor, como a dramatização teatral de “Os olhos cegos dos cavalos loucos”, além de declamação de contos pelos próprios adolescentes. Ignácio de Loyola Brandão conversou com os jovens e falou da experiência na literatura. Ele destacou que essa seria a primeira vez que faria uma apresentação voltada a adolescentes privados de liberdade e lembrou amigos de infância que se perderam para a violência e que não tiveram condições de contar com uma estrutura socioeducativa como as que existem atualmente.

“Tenho quase 80 anos e nunca tinha passado por essa experiência, apesar de ter tido dois amigos de infância que foram para espaços como esse, amigos com quem brincava, e a cadeia naquela época era outra coisa. Imagino que, com esse tipo de instituição, talvez eles tivessem recebido ajuda. Então faço isso com o maior prazer e esperando passar alguma coisa para essa meninada. Que a literatura possa tocá-los, porque ela é um meio de salvação”, disse Ignácio.

Momentos antes de começar a apresentação, um adolescente de 17 anos se preparava para a encenação teatral. Para ele, o Sarau Livro Solidário ajuda a reconquistar a confiança das pessoas. “A gente vê que aos poucos pega a confiança das pessoas. Aprendi a respeitar mais as pessoas e dar valor mais em mim e não fazer coisas erradas”, disse. Para outro interno, de 18 anos, as preparações para as apresentações aproximaram todos os adolescentes da equipe técnica, além de ajudar a sair dos alojamentos para praticar uma nova atividade.

A mãe de um dos socioeducandos disse perceber a evolução do filho dentro da unidade, pois ele passou a demonstrar mais carinho e afeto pelos familiares. “Aqui ele está progredindo e se tornando uma pessoa melhor, e espero que ele consiga mudar. Para mim é muito difícil, porque quando ele estava lá fora, eu pedia muito para mudar, e foi preciso cair aqui para isso acontecer. A gente era muito afastado e aqui toda a família se aproximou mais. Ele me trata melhor, me abraça, me cheira e me dá mais carinho”, disse.

Integração – Segundo o presidente da Fasepa, Simão Bastos, a programação é fruto de dedicação dos socioeducandos que participaram da atividade. Para ele, as apresentações mostram que é possível transformar a vida de adolescentes por meio da socioeducação. “Essa é uma construção coletiva com muita dedicação e que envolveu só nesta unidade 30 socioeducandos, desde a leitura das obras do autor até uma exposição cênica. Isso é fantástico porque mostramos que é possível construir uma socioeducação mais humana e digna”, declarou.

A Fasepa conta com um Espaço de Leitura Livro Solidário desde 2012, estimulando a leitura entre os adolescentes que cometeram atos infracionais e que cumprem medidas de internação. Desde 2011, início do projeto, já foram implantados seis espaços de leituras e doados 13,5 mil livros para mais de 30 instituições. Segundo Simão Bastos, a ideia é fortalecer parcerias com a Imprensa Oficial do Estado e a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e levar novos espaços de leitura para todas as unidades socioeducativas do Estado.

“A perspectiva de trabalhar a literatura no desenvolvimento dos meninos é fantástica. Esperamos desenvolver esse projeto em todas as unidades, para que tenhamos mais espaços de leitura e possamos trabalhar os sonhos de meninos e meninas. Somente trabalhando a perspectiva de mudança dos socioeducandos será possível construir uma nova sociedade. Os adolescentes terão uma possibilidade de reconfigurar as vidas, porque o livro reconstrói a nossa vida e faz a gente sonhar cada vez mais”, afirmou o presidente da Fasepa.

O presidente da Imprensa Oficial do Estado, Cláudio Rocha, destacou a importância de levar o projeto pela primeira vez a uma unidade socioeducativa, para estimular atividades voltadas para a produção de poesias, contos, peças de teatro, desenhos e demais manifestações artísticas, contribuindo para a transformação social de adolescentes privados de liberdade. “É a primeira vez que o projeto vai a um espaço de socioeducação, e nos sentimos importantes na recuperação desse adolescente e colocando mais um tijolinho na construção de seu futuro”, destacou.

O Sarau Livro Solidário é um projeto desenvolvido simultaneamente com a Feira Pan-Amazônica do Livro, levando autores convidados até escolas e outras instituições. Segundo a coordenadora da Feira do Livro, Andressa Malcher, é o momento de o público conhecer a história do autor, além de conhecer as atividades desenvolvidas nos espaços, como a de adolescentes que cumprem medidas de internação. “Estou maravilhada com essa experiência. Quando entrei com escritor na Fasepa ficamos emocionados. Foi muito mais lindo do que imaginávamos. É um trabalho de responsabilidade social muito grande e um momento de festa para eles”, ressaltou.

Texto: Tiago Furtado
Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará
Fotos: Fernando Sette





Escritora Stella Maris bate-papo com alunos do Panorama XXI

Os alunos da Escola Panorama XXI, bairro da Cabanagem, receberam com muito entusiasmo a escritora Stella Maris Rezende, na manhã desta terça-feira, 2, durante a realização do Sarau Livro Solidário coordenado pela Imprensa Oficial , em parceria coma Secretaria de Cultura.

A escritora mineira que tem no curriculum 45 livros escritos, respondeu as perguntas dos alunos e matou a curiosidade de outros sobre produção literária. A escritora, artista plástica, atriz e dramaturga destacou a importância do professor na descoberta de talentos dentro do ambiente escolar.

Talentos como o aluno Antônio Marcos da Silva, de 11 anos, que mesmo sendo autista, inspirou o livro “O menino que gosta de cortar papel”, dos alunos Caio Gustavo, Lucas Alves, Kleberson e Jhony Cristian. A arte gráfica do livro foi feita pelo próprio Antônio Marcos, que tem como habilidade fazer todo tipo de figura com recortes de papel, principalmente de dinossauros, que estavam exposto para os convidados.
Segundo as professoras Rejane Reis e Luciana Brito, o autismo não impede que o garoto desenvolva qualquer tipo de atividade em sala de aula, ou atrapalhe a interação com os outros alunos. “Tem dias que está um pouco mais fechado, mas ele é muito inteligente e participativo na classe”, contou Rejane Reis.

As alunas Gisele Pinheiro e Evily Hamilla Vermonth, escreveram uma história de suspense intitulada ‘A floresta maldita’, que foi lida para a escritora Stella Maris Rezende, que disse que ficou surpresa com o talento dos alunos.  A escritora ressaltou que a escrita e a literatura são libertadoras. “A palavra tem muito poder, é magica e transporta as pessoas para um mundo mais interessante”, pregou aos alunos.

Stella Maris adiantou que o seu livro ‘A menina do mercado central’ vai virar filme e ela vai atuar como atriz, interpretando um das personagens do romance.

A coordenadora do projeto Sarau Livro Solidário, Carmen Palheta esclareceu que o evento tem também o objetivo de descobrir talentos entre os alunos que estão participando do projeto. “Nossa intenção é que no final os trabalhos mais representativos mostrados pelos alunos, sejam impressos pela Imprensa Oficial e lançados na Feira do ano que vêm. E estamos vendo muita coisa interessante. Estamos surpresos com o resultado”, comentou Carmen Palheta.

Texto: Ronaldo Quadros
Fotos: Fernando Sette






Bia Bedran encanta estudantes de escolas do bairro da Terra Firme

Apresentação de teatro, música, dança, poesia e contação de histórias marcaram a manhã dos alunos das escolas estaduais Mário Barbosa, Virgílio Libonati e Mateus do Carmo, que participaram nesta segunda-feira, 1º, do projeto Sarau Livro Solidário, no bairro da Terra Firme que teve como atração principal a cantora, escritora, professora e contadora de histórias Bia Bedran.
Os professores da escola Mário Barbosa Alessandra Souza e Diego Souza trabalharam durante semanas com um grupo de alunos o conto “O menino que foi até a casa do vento norte”, do livro da escritora Bia Bedran para apresentar durante o Sarau. “Primeiro eles leram o conto, depois nós fomos preparando o cenário, as falas, os gestuais, para fazer a história ser compreendida por todos”, explicou Alessandra Souza.  Ela enfatizou que mesmo a escola estando em greve, os alunos não faltaram aos ensaios.
Bruna Loureiro, aluna do 8º ano, disse que estava se sentindo “privilegiada” por ter sido escolhida pela professora pra participar da encenação da peça. “Está sendo muito gratificante participar de uma coisa nova aqui na escola”, completou Ketlen Assunção, de 16 anos. Danton Moreira, de 11 anos, aluno do 7º ano, disse que aprendeu bastante com a história “como não contar mentira para os nossos pais”, disse depois do último ensaio antes da apresentação.
“É muito importante esse contato com a literatura, e muitos, ou a maioria dos nossos alunos, não têm condições de se deslocar até a Feira do Livro. Com o Sarau, além de eles terem esse contato mais direto com a leitura, eles ainda têm a oportunidade de conhecer o escritor dos livros”, aprovou a professora Alessandra Souza.
Bia Bedran contou e cantou algumas histórias dos seus 12 livros que foram doados para a biblioteca da escola que foi inaugurada durante o Sarau.  “Eu estou encantada: passo a vida contando e cantando essas histórias, e ter a oportunidade de ver pessoas tão criativas fazendo coisas lindas com os livros, me deixa muito emocionada”, disse a escritora que participou durante dois dias da Feira Pan-Amazônica do Livro.
O projeto Livro Solidário, coordenado pela Imprensa Oficial com apoio do Núcleo Articulação e Cidadania e Secult, vem desde 2011 estimulando a leitura em várias comunidades e escolas da Região Metropolitana de Belém, o que já resultou na implantação de seis Espaços de Leitura e doação de aproximadamente 13.500 livros para mais de 30 instituições.
Texto: Ronaldo Quadros
Fotos: Fernando Sette











quarta-feira, 3 de junho de 2015

Educador Maurício Leite conversa com crianças do Lar de Maria

O promotor de leitura Maurício Leite participou, nesta quarta-feira, 3, do Sarau Livro Solidário realizado na Escola e Associação Espírita Lar de Maria, no bairro de São Brás, que este ano está inserido no projeto Pan-Amazônica nas Escolas, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

O Sarau, coordenado pela Imprensa Oficial do Estado, com apoio do Núcleo Articulação e Cidadania (NAC), fez uma provocação aos alunos: mostre até onde a leitura é capaz de levar a sua imaginação. E os alunos viajaram no mundo da literatura: teve apresentações de dança, teatro, circo, declamação de poesia e leitura.
Divididos em grupos denominados Esperança, Amizade e Amor, os pequenos, coordenados pelas respectivas educadoras, encantaram o convidado do Sarau, Maurício Leite, e o público presente.

A educadora Social Rita Costa, trabalhou durante 15 dias com os alunos e disse que eles se integraram em todas as atividades. “Aqui nós realizamos diversas atividades com eles como: dança, pintura, teatro, leitura, sempre visando prepara-los para serem cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres”, esclareceu.
Rita Costa contou, ainda, que a escola trabalha com educação inclusiva. “Nós temos alunos surdo-mudo, cadeirantes, e eles (os alunos) precisam interagir com esses grupos especiais”, completou. Para contemplar esse público, teve uma apresentação na linguagem de Libras.

O promotor de leitura Maurício Leite, lamentou o fato de o Brasil não ser conhecido como um país de leitores. “Nós, infelizmente, não temos bibliotecas como a gente tem farmácias: a biblioteca é a farmácia da mente”, criticou.  Para ele, qualquer atividade que aproxime a criança da leitura é sempre muito bem vinda. “E os trabalhos que foram apresentados foram feitos em cima de livros, e a gente sabe que nunca mais vai sair da memória dessas crianças que participaram do Sarau”, completou Maurício Leite.
Texto: Ronaldo QuadrosFotos: Fernando Sete