quinta-feira, 31 de maio de 2012

Programas do governo ganham destaque na Pará Negócios

FOTO: ELISEU DIAS/ AG. PARÁ
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Texto: Amanda Engelke - Secom 

O Núcleo de Articulação e Cidadania do Governo do Pará está presente na feira multisetorial Pará Negócios, promovida pela Associação Comercial do Pará (ACP) até este domingo, 15, no Hangar. Em um grande espaço montado na área de exposições do Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, vários programas executados pelo governo, por intermédio do NAC, vem chamando a atenção dos visitantes.

A artesã Vera Miranda, 54 anos, conferiu e aprovou o trabalho produzido pelo programa Cultivando Flores e Vidas, resultado de uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Casa Civil e Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Ela conta que tem uma grande paixão por flores e admira o trabalho desenvolvido pelos egressos atendidos com o programa do Governo do Estado. “Tenho um filho de 24 anos que está preso. Quando isso aconteceu pensei que não fosse aguentar, mas graças ao programa e às pessoas que estão a frente dele conheci vários amigos e meu filho pode ter uma ocupação”, diz ela.

Colecionadora de plantas e flores, ela conta que mais que uma ocupação, lidar com plantas virou uma terapia. “Tenho várias orquídeas em casa. Todo o mês de novembro, quando faço aniversário, elas ficam floridas. Esse é sempre o melhor presente que posso receber. Elas são uma alegria para mim, se eu pudesse levava todas”, disse a artesã, enquanto escolhia uma das muitas espécies à venda no estande do programa.

O programa Cultivando Flores e Vidas tem como objetivo a ressocialização, por meio da capacitação profissional e egressos e albergados do Sistema Penal do Estado. Durante o curso de capacitação, com duração de um ano, são ensinadas técnicas de manejo e noções sobre o mercado de flores. 

A Susipe também colocou à exposição, no espaço, os produtos confeccionados pelo projeto de reinserção interna, através da Fábrica Esperança. O diretor comercial da Fábrica, Alcindo Neves, explica que as peças apresentadas no estande são todas produzidas por egressos, que podem ser encomendadas por empresas e outras entidades interessadas. “Além do custo abaixo de mercado,o empresário estará ajudando a manter um projeto social que visa a capacitação e socialização desses indivíduos, e não meramente o lucro”, destaca, destacando que no estande ainda podem ser vistas peças em serigrafia e vestuário, como camisas, uniformes e roupas hospitalares, além de pães e outros itens produzidos nas atividades de panificação.

Carlos Alberto Amador, de 29 anos, foi um dos beneficiados pelo projeto de reinserção da Susipe e hoje em dia trabalha como assistente administrativo da Fábrica Esperança. “Essa foi uma oportunidade muito importante na minha vida. Sempre fui de ter muita determinação, e é possível que estivesse trabalhando hoje em dia, da mesma forma, mas essa oportunidade foi mais do que uma porta aberta”, declarou Carlos, que apresenta aos visitantes do estande toda a linha de produção da unidade de apoio aos egressos do sistema penal.

Cultura – O Projeto Livro Solidário também está presente no espaço reservado ao Governo do Estado. Desta vez, o objetivo da participação na feira é arrecadar apenas livros infanto-juvenis, gibis e publicações literárias, que podem ser doados diretamente no estande. Criado em 2004, o programa foi retomado em 2011 pela Imprensa Oficial do Estado e já arrecadou, desde então, cerca de 13 mil livros.

Os volumes catalogados já estão prontos para compor o acervo do primeiro Espaço de Leitura, que deverá ser inaugurado neste ano. Ao lado dele, outros cinco espaços serão implantados e revitalizados, considerando que uma das metas do projeto é transformar esses ambientes em lugares atrativos e agradáveis para a leitura. A estimativa é que, pra atendê-los, sejam necessários oito mil livros e revistas.

Outra demonstração de responsabilidade social e de cidadania está no espaço da Fundação Curro Velho, que trabalha com crianças e jovens na direção do aprendizado de artes plásticas e cênicas, música, audiovisual e ofícios diversos, como a lutheria a produção de artesanato e papietagem. Lúcia Edna Souza, da equipe de interiorização da Diretoria de Extensão do Curro Velho, explica que todos os itens expostos no estande são oriundos de oficinas da fundação. De cunho sustentável e todos produzidos a partir de matérias recicláveis, as peças variam de R$ 15,00 a R$ 80,00.




Articulação pela Cidadania apoia projetos que estão na Feira de Negócios

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Texto: Janise Abud - Casa Civil 

Alguns exemplos do resultado de ações integradas entre o governo do Estado, iniciativa privada e a sociedade civil podem ser vistos em dois estandes da Feira Paránegócios, que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia até domingo (15). Os estandes mostram projetos que o programa Articulação e Cidadania, da Casa Civil da Governadoria, apoia em diversos segmentos.

É possível ver a produção de cooperativas, de jovens que cumprem medidas socioeducativas, de egressos da Superintendência do Sistema Penal (Susipe) e ainda exemplos de programas e projetos que ajudam na redução da pobreza e das desigualdades sociais, como o Natal D’Água, Cultivando Flores e Vidas, Livro Solidário e Escola da Vida, entre outros.

Walmir da Silva do Carmo estava presente no estande vendendo produtos da Cooperativa dos Caetés de Bragança. A entidade reúne 40 pessoas que fazem produtos diversos, entre eles cremes hidratantes feitos com produtos da natureza, como andiroba, buriti e murumuru, até feijão capupi, farinha de tapioca e cocada. “Estar aqui mostrando os produtos é muito bom para nós. É a oportunidade que temos de divulgar nosso produto e ganhar mais espaço no mercado”, avaliou.

Os produtos da Fábrica Esperança fazem sucesso na feira. A organização social que promove a reinserção social de egressos do sistema penitenciário levou para os estandes do Articulação e Cidadania artigos de rouparia, pintura e panificação. Segundo o egresso Carlos Amador, que trabalha na fábrica como assistente administrativo, a iniciativa do governo do Estado ao dar a oportunidade ao egresso de ter uma profissão é muito importante, principalmente para as famílias que sofrem muito quando eles estão presos. “É uma oportunidade única, que ajuda a nossa vida a tomar um novo rumo”, afirmou.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) levou para a feira exemplos de projetos que estão ajudando adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, como o projeto Terra Viva e o Pneu Móveis. Os móveis feitos com pneus foram a grande novidade do evento e foram vendidos no primeiro dia. Segundo o técnico agrícola da Fasepa, Jaracelyr Pereira, a instituição está trabalhando a ressocialização e a conscientização ambiental, além de estar formando mão-de-obra.

O projeto Pneu Móveis está sendo desenvolvido em uma unidade da Fasepa em Benevides, onde os jovens produzem os móveis. “Recebemos aqui na feira a visita de pessoas do Sebrae que se interessaram pelo produto e há a possibilidade de uma parceria para nos orientar a lançar o produto no mercado”, revelou.

A assistente social da fundação, Kátia Santos, lembrou a parceria entre Fasepa e Secretaria de Estado de Administração (Sead), que está inserindo os jovens em órgãos do Estado como bolsistas. “Já há socioeducandos na Sepof, Funtelpa, Loterpa, Defensoria e nos Tribunais de Justiça e de Contas do Estado”, revelou.

Podem ser vistos nos estandes também trabalhos da Emater, por meio da Unidade Didática Agroecológica do Nordeste Paraense, situada em Bragança, e da Associação Talentos em Movimento, do município de Paragominas.